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Acordo de Trump com Nvidia e AMD pode criar 'mundo perigoso', dizem especialistas

A nova política de pagamento de royalties aplicada a Nvidia e AMD levanta preocupações entre especialistas sobre a legalidade e implicações do acordo. As empresas agora enfrentam um cenário econômico onde a exportação envolve custos diretos ao governo, sinalizando uma possível mudança radical na política comercial dos EUA.

Nvidia e AMD firmaram um acordo com o governo dos EUA, comprometendo-se a pagar 15% da receita de vendas de chips para a China. Os chips H20 e MI308, previamente proibidos, exigem licenças para exportação.

Stephen Olson, ex-negociador comercial, chamou a situação de "monetização da política comercial", alertando sobre um novo e perigoso cenário.

Esta intervenção na indústria de chips é a mais recente desde que Trump assumiu a presidência, com possíveis desafios legais por ser interpretada como um imposto de exportação, o que é inconstitucional.

A abordagem transacional de Trump inclui acordos como a venda da United States Steel, com regras de segurança nacional e "ação dourada" para o governo. Isso gerou investimentos em bilhões de dólares de países como Japão e Coreia do Sul.

Os acordos de receita de chips podem incentivar a Casa Branca a explorar combinações semelhantes em outros setores, conforme Deborah Elms, da Fundação Hinrich, indicou.

Apesar de concordarem com os termos, a legalidade do acordo entre Nvidia e AMD é questionável. O governo Trump já enfrenta um processo sobre tarifas "recíprocas". Trump alertou sobre uma "GRANDE DEPRESSÃO" se seus métodos forem considerados ilegais.

Os chips estão no centro da disputa EUA-China em indústrias futuras, como IA e automação. A administração Biden havia restringido vendas, mas permitiu que Nvidia e AMD voltassem à China com chips menos avançados.

A China critica as vulnerabilidades de segurança nos chips H20, mas pode precisar deles devido à demanda por IA, beneficiando Nvidia e AMD financeiramente.

Enquanto isso, Trump não ampliou a trégua comercial com a China, que expira em 12 de agosto. Drew DeLong, da Kearney, observou uma mudança na postura de segurança nacional durante as negociações.

O acordo envolve riscos de um "estado de capitalismo de compadrio", segundo Scott Kennedy, e destaca uma mudança significativa na operação econômica dos EUA, que pode beneficiar apenas a China.

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