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Acordo entre EUA e China para reduzir tarifas não derruba a 'taxa das blusinhas' de Trump

Acordo entre EUA e China promete redução temporária nas tarifas, mas não abrange a nova taxa que encarece produtos chineses. Com a medida, espera-se facilitar o reabastecimento de mercadorias nos EUA a um custo reduzido.

Acordo EUA-China para redução de tarifas recíprocas não menciona a "supertaxa das blusinhas", imposta por Donald Trump.

Em 2 de abril, Trump assinou ordem executiva eliminando a isenção de impostos, conhecida como "minimis", para pacotes de baixo valor da China. A medida é similar à taxa de 20% imposta pelo Brasil sobre compras internacionais de até US$ 50.

Nos EUA, pacotes de até US$ 800 teriam imposto de 145% ou taxa fixa de US$ 100 por item, podendo subir para US$ 200 após 1º de junho. Agora, devem estar sujeitas a 30% para produtos chineses.

Em 2024, quase 1,4 bilhão de pacotes entraram nos EUA sem impostos, com 90% via "minimis", sendo 60% da China. Isenção ajudou empresas como Temu e Shein, e a Amazon criou o serviço Amazon Haul.

O acordo entre EUA e China, anunciado em Genebra, reduzirá tarifas em 90 dias. Tarifas dos EUA sobre importações chinesas cairão de 145% para 30%; taxas da China sobre produtos americanos de 125% para 10%.

A redução entra em vigor até 14 de abril. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que o acordo não abrange tarifas setoriais específicas, mas o "reequilíbrio estratégico" ainda será mantido nas áreas vulneráveis.

A guerra tarifária entre as duas maiores economias intensificou-se após o anúncio de Trump em abril, levando as taxas a níveis recordes.

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