Acordo entre Mercosul e EFTA amplia exportações agrícolas e pode baratear medicamentos importados, diz governo
A assinatura do tratado entre Mercosul e EFTA promete aumentar as exportações brasileiras de commodities e facilitar a importação de produtos, como medicamentos, com tarifas reduzidas. O impacto esperado nas trocas comerciais bilaterais é de US$ 7,2 bilhões, destacando a importância estratégica do acordo.
Acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) promete impulsionar as exportações brasileiras, principalmente de commodities agrícolas, e reduzir o custo de produtos importados como medicamentos.
A assinatura ocorreu em 2 de outubro, celebrando os três anos da implementação do 5G no Brasil. O Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, enquanto a EFTA inclui Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.
Embora não sejam os principais parceiros comerciais, a EFTA inclui países estratégicos. A Suíça é uma grande fornecedora de medicamentos, enquanto a Noruega é um dos principais doadores do Fundo Amazônia.
Acesso preferencial para produtos agropecuários brasileiros está garantido, abrangendo itens como:
- carnes bovina, suína e de frango
- farelo de soja
- melasso de cana
- arroz
- café torrado
- frutas (banana, melão, uva)
- sucos (laranja e maçã)
- fumo não manufaturado
- álcool etílico
As regras estabelecem cotas específicas e reconhecimento prévio do sistema de inspeção sanitária do Brasil.
O acordo elimina tarifas de importação para 97% dos produtos da EFTA, com redução gradual para 1,2% em até 15 anos. Em contrapartida, a EFTA zerará tarifas para produtos industriais e pesqueiros.
Especialistas indicam que medicamentos podem se tornar mais acessíveis ao consumidor brasileiro, considerando o peso dos remédios no orçamento familiar.
Acordos em andamento incluem negociações com a União Europeia e Singapura. A União Europeia, com um tratado fechado em 2019, ainda enfrenta resistência da França.
A expectativa é que o novo acordo amplie em até 2,5 vezes o acesso das exportações brasileiras aos mercados e que o superávit comercial cresça de US$ 73,1 bilhões para até US$ 184,5 bilhões.