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Acordo entre produtores de biodiesel e distribuidoras pode evitar suspensão da mistura no diesel

Produtores de biodiesel e distribuidoras de combustíveis firmam acordo para manter a mistura obrigatória de 14% de biodiesel ao diesel. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) deve se pronunciar sobre a solicitação de suspensão da mistura na quinta-feira.

Produtores de biodiesel e distribuidoras de combustíveis chegaram a um acordo para evitar a suspensão temporária da mistura de biodiesel ao diesel.

Nesta quinta-feira, 27, a ANP deve decidir sobre o pedido das distribuidoras para suspender a mistura de 14% de biodiesel por 90 dias.

Ambos os setores defendem um reforço na fiscalização contra empresas que não respeitam a mistura, pois essas conseguem vender a preços mais baixos, prejudicando as conformes.

Para combater fraudes, será doado cinco equipamentos para medir a presença de biodiesel no diesel, já que atualmente há apenas dois equipamentos disponíveis.

As penalidades para fraudes estão sendo discutidas: um projeto de lei na Câmara prevê multas de até R$ 20 milhões para infratores, enquanto outros dois tramitam no Senado.

As distribuidoras haviam solicitado à ANP a suspensão da mistura, apontando um aumento das fraudes e prejuízos competitivos. Levantamentos indicam que as fraudes chegam a 30% em amostras em São Paulo.

No último ano, 67,2 bilhões de litros de diesel foram vendidos no Brasil, representando um mercado de R$ 425 bilhões.

As entidades também planejam propostas de alterações regulatórias e desistiram da ideia de abrir a importação de biodiesel para redução de preços, priorizando a manutenção dos produtores locais.

Enquanto isso, o etanol não teve a mistura elevada, mas o governo continua a trabalhar para aumentar a proporção de etanol na gasolina para 30%.

Durante sua visita ao Japão, Lula defendeu a mistura de etanol à gasolina, afirmando que isso poderia aumentar as exportações brasileiras e beneficiar a produção local.

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