Acordo sobre financiamento é desafio na COP30
Na COP29, em Baku, governantes e especialistas expressaram frustração com o financiamento para adaptação climática, sem alcançar a meta desejada. O Brasil propôs um roteiro para garantir um investimento robusto na COP30, em Belém, visando superar as barreiras nas negociações.
COP29 em Baku: O principal tema foi o financiamento para adaptação às mudanças climáticas em países pobres e emergentes, uma frustração que se estenderá para a COP30 em Belém.
O texto final da conferência estabeleceu uma meta de financiamento de “pelo menos” US$ 300 bilhões por ano até 2035. Embora um avanço em relação aos US$ 100 bilhões prometidos anteriormente, ficou abaixo da demanda de US$ 1,3 trilhão pelos países em desenvolvimento.
Desafios para a COP30: A conferência terá que chegar a um acordo sobre financiamento. O Brasil apresentou um rosto para discutir como alcançar os US$ 1,3 trilhão por ano, chamado de Mapa do Caminho de Baku a Belém.
A embaixadora Tatiana Rosito enfatizou a necessidade de um relatório claro que guie futuras implementações, representando o ministro Fernando Haddad.
Proposta do Brasil: Inclui a mudança na governança de organismos multilaterais como o Banco Mundial e o FMI, além da criação de plataformas financeiras para conectar projetos locais a investidores internacionais.
Desafios Diplomáticos: Países pobres, liderados por Bolívia e Índia, pedem aumento nos financiamentos dos países desenvolvidos para investir em transição e adaptação.
Com uma saída potencial para o impasse diplomático em discussões paralelas, Flora Bitancourt da World Climate Foundation (WCF) observa que o setor privado, que representa 80% da economia, é crucial para a transição climática.
A Investment COP será realizada em 13 de novembro em Belém, servindo como um hub de atores financeiros regionais e internacionais, apoiada pela B3, Anbima e ABVCap.