Acusado de desvio milionário, ex-procurador-geral de Cuiabá devolve R$ 200 mil e se livra de ação
Homologação do acordo encerra o processo de improbidade contra Fernando Biral de Freitas e revoga bloqueio de bens. Ex-procurador-geral terá restrições eleitorais e sua empresa está proibida de firmar contratos com o poder público por seis anos.
Justiça de Mato Grosso homologou acordo de não persecução cível do ex-procurador-geral de Cuiabá, Fernando Biral de Freitas, com o Ministério Público, após devolução de R$ 200 mil aos cofres públicos.
A juíza Célia Regina Vidotti revogou o bloqueio de bens de Freitas, extinguindo o processo por improbidade, mas mantendo sanções, como:
- Suspensão da capacidade eleitoral ativa e passiva por seis anos.
- Proibição da empresa F.B. de Freitas de fechar contratos com o poder público pelo mesmo período.
Fernando Freitas, nomeado pelo ex-prefeito Chico Galindo, ocupou o cargo entre 2010 e 2012. Ele foi alvo da Operação Convescote em 2017, por favorecer sua própria empresa em convênios, ocasionando um prejuízo estimado de R$ 3 milhões.
A investigação apurou uma organização criminosa para desviar recursos públicos da Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas do Estado. A juíza mencionou a Lei 14.230/2021 que permitiu o acordo de não persecução cível.
O cumprimento das condições do acordo será fiscalizado pelo Ministério Público, que já indicou um maior envolvimento de pessoas e um desvio ainda maior do que o inicialmente apurado.
A reportagem do Estadão solicitou manifestação de Fernando Biral de Freitas, e a resposta está aguardando.