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Adeus, Romanée-Conti? Borgonha quer crescer no Brasil com regiões menos famosas

Borgonha investe em expandir sua presença no Brasil apresentando vinhos menos conhecidos e mais acessíveis. A iniciativa visa educar consumidores sobre a diversidade da região, além de aumentar as vendas e melhorar a imagem da Borgonha no país.

Borgonha se expande no Brasil

A região vinícola Borgonha, na França, busca aumentar sua presença no Brasil com um novo plano. O foco está em apresentar denominações menos conhecidas e mais acessíveis, como o Givry, ao invés do caro Romanée-Conti.

A iniciativa é do Bureau Interprofessionnel des Vins de Bourgogne (BIVB) e visa diversificar a imagem da Borgonha, mostrando suas 84 denominações de origem controlada (AOCs), como Petit Chablis e Mercurey, além dos renomados Grands Crus.

Anne Moreau, representante do BIVB, destacou a oportunidade de educar o mercado brasileiro, onde a demanda por vinhos de qualidade cresce. O Brasil concentra 89% do volume de vinhos borgonheses na América do Sul e registrou vendas recordes em 2024, com 700 mil garrafas exportadas.

A campanha “Take a Closer Look” inclui eventos em São Paulo e Rio de Janeiro para promover um maior conhecimento sobre os vinhos da região. Apesar das vendas em alta, a Borgonha enfrenta o desafio de preços elevados, com a média das garrafas acima de R$ 200 enquanto a maioria dos consumidores busca opções em torno de R$ 50.

O crescimento do consumo de vinhos brancos, especialmente Chablis, deve-se ao aumento no interesse de mulheres e millennials. A BIVB não estabelece metas rígidas de vendas, mas trabalha para aumentar a diversidade e qualidade do consumo no Brasil.

Além disso, a Borgonha observa o acordo Mercosul-União Europeia, que pode facilitar o acesso a seus vinhos no Brasil, um mercado promissor em um cenário global delicado.

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