Advogado de Bolsonaro nega ter tentado interferir na delação de Cid e pede para não depor à PF
Advogado de Bolsonaro nega qualquer tentativa de interferência na delação de Mauro Cid. Cunha Bueno pede ao STF dispensa de depoimento e refuta acusações apresentadas pelo tenente-coronel.
Paulo Amador Cunha Bueno, advogado de Jair Bolsonaro, negou interferência na delação do tenente-coronel Mauro Cid.
Em manifestação ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, Bueno pediu dispensa do depoimento agendado para hoje. O pedido ainda aguarda análise.
Ele está sendo investigado por suposta obstrução de Justiça. Bueno afirma que “os fatos foram distorcidos” por Cid para proteger sua delação.
Cunha Bueno alegou ao STF que “não interagiu” com a família de Cid para obter informações sobre colaboração premiada, refutando as declarações do tenente-coronel.
Cid havia afirmado que Bueno, junto com outros, tentou contato com sua família para interferir nas investigações.
As acusações surgiram após mensagens trocadas entre Cid e o advogado Eduardo Kuntz, que foram entregues ao STF para contestar o acordo de colaboração de Cid.
Cid nega ter enviado tais mensagens, afirmando que as gravações foram feitas sem seu consentimento. Ele também criticou Moraes e as investigações contra Bolsonaro.
Bueno confirmou um encontro breve com a mãe de Cid, mas explicou que foi casual e relacionado a um torneio de hipismo, sem discussões sobre a delação.
Ele enfatizou que o encontro foi amistoso e protocolar, sem falas sobre a delação em questão.