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Advogado de réu em ação sobre tentativa de golpe admite conversas com Mauro Cid sobre delação

Avanços nas investigações revelam trocas de mensagens entre advogado e militar. A Polícia Federal investiga possíveis obstruções relacionadas à delação premiada de Mauro Cid.

Advogado Eduardo Kuntz depôs à Polícia Federal (PF) sobre conversas com tenente-coronel Mauro Cid envolvendo a delação premiada do militar.

As interações ocorreram via Instagram e em encontros na Sociedade Hípica de Brasília em 2024. Kuntz afirmou que não procurou Cid e não discutiu o acordo com seus familiares.

Junto com Kuntz, foram ouvidos Marcelo Câmara, Fabio Wajngarten e Paulo Cunha Bueno, advogado de Bolsonaro. A PF investiga possíveis tentativas de obstrução nas negociações com Cid.

Wajngarten negou contatos com Cid após o acordo de delação em 2023, mas admitiu conversas com uma de suas filhas, classificando-as como de solidariedade.

Kuntz relatou ter contato esporádico com a filha de Cid e confirmou criar um grupo no Instagram com Bueno e Cid. Ele revelou um erro ao enviar uma mensagem privada em junho de 2024.

Câmara negou ter se comunicado com Cid ou seus familiares, desconhecendo as conversas de seu advogado. Paulo Cunha Bueno optou por permanecer em silêncio, apenas referindo uma petição ao Supremo, onde reconheceu ter falado com familiares de Cid, mas não sobre a delação.

A delação de Cid implicou diversos acusados de tentar um golpe para manter Bolsonaro no poder. As conversas entre Cid e Kuntz levantam questionamentos sobre a colaboração premiada. Cid nega ter falado sobre a delação no Instagram.

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