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Advogados de réus negam problema em Moraes exibir vídeo que não estava nos autos durante o julgamento

Advogados dos réus concordam que a exibição do vídeo pelos atos de 8 de janeiro foi apropriada, mas defendem a inocência de seus clientes. O julgamento unânime dos ministros reafirma a gravidade das ações, enquanto relatos de "milícias digitais" tentam deslegitimar o uso da gravação.

Julgamento de tentativa de golpe de Estado:

Advogados dos principais réus minimizaram a exibição de um vídeo por Alexandre de Moraes, do STF, durante julgamento nesta quarta-feira.

O julgamento ocorreu na Primeira Turma da Corte, onde Moraes defendeu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete pessoas se tornassem réus. A decisão foi unânime entre os cinco ministros presentes.

O vídeo mostra apoiadores de Bolsonaro depredando sedes do Congresso, do Palácio do Planalto e do STF. Moraes alertou que “milícias digitais” questionavam a validade do uso da gravação no julgamento.

O STF informou que o vídeo foi preparado pelo gabinete de Moraes, baseado em “fatos notórios e imagens” já utilizadas em outros julgamentos.

Moraes defendeu a exibição, afirmando que o código de processo permite o uso de fatos públicos. O advogado Celso Vilardi, defensor de Bolsonaro, não se opôs à gravação, mas afirmou que o ex-presidente não estava “nem remotamente” envolvido nos eventos de 8 de janeiro.

O advogado José Luis Oliveira Lima, que representa Walter Braga Netto, não encontrou problemas na exibição do vídeo, assim como o ex-senador Demóstenes Torres, que defendeu Almir Garnier.

Torres ressaltou que os eventos demonstravam violência mas que não seriam suficientes para caracterizar tentativa de golpe de Estado.

O advogado Eumar Novacki, defensor de Anderson Torres, também afirmou que a exibição não tinha relevância, pois os fatos eram públicos e graves.

Reservadamente, um ministro do STF elogiou Moraes, afirmando que os “vídeos são públicos e notórios”.

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