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Aegea estuda IPO em 2027 e prepara estrutura para investir R$ 45 bi até 2033

A Aegea Saneamento adia abertura de capital para 2027 e se concentra na expansão de operações. A empresa planeja investir R$ 45 bilhões até 2033, com foco em melhoria de infraestrutura e execução de novos projetos.

A Aegea Saneamento, líder no setor de saneamento básico do Brasil, não abrirá seu capital antes de 2027, conforme anunciado pelo CEO, Radamés Casseb, em entrevista ao EXAME INFRA.

Os rumores sobre um IPO entre 2025 e 2026 foram descartados. Casseb afirmou que estão se adaptando para um mercado de capitais e que a abertura de capital está no plano estratégico. A empresa já adota práticas de empresas de capital aberto, como maior transparência e aproximação com investidores.

Atualmente, os sócios da Aegea incluem o grupo Equipav (53%), o GIC (34%) e a holding Itaúsa (13%). Em março, Setubal, da Itaúsa, manifestou interesse em futuras rodadas de capital.

O IPO da Aegea pode movimentar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões. A empresa planeja investir R$ 45 bilhões até 2033, com 80% voltados ao tratamento de esgoto, atendendo 33 milhões de pessoas em 766 cidades.

A Aegea está estruturando arranjos financeiros para viabilizar esses investimentos, mantendo sua alavancagem em níveis sustentáveis, reduzindo de 6 para 3,7 vezes o Ebitda.

Desafios incluem a escassez de mão de obra qualificada e a demanda crescente por infraestrutura no Brasil. Para enfrentar isso, a Aegea criou uma escola de formação de pequenos empreendedores no Rio Grande do Sul.

A empresa também busca parcerias com fornecedores nacionais e investe em estações de tratamento compactas. Além disso, tem interesse em novas concessões e pretende participar do leilão de saneamento de Pernambuco, previsto para o segundo semestre, com investimentos estimados em R$ 18,9 bilhões.

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