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Aeronaves chinesas rodeiam Taiwan após discurso duro do presidente da ilha

Aumento da atividade militar chinesa ocorre após Taiwan classificar a China como uma "força estrangeira hostil". O presidente taiwanês propõe medidas para conter a infiltração e fortalecer a segurança nacional.

Cerca de 50 aeronaves chinesas sobrevoaram os arredores de Taiwan em duas operações nesta segunda-feira, 17, após o presidente taiwanês, William Lai, classificar a China como uma "força estrangeira hostil" e propor 17 medidas de segurança.

No primeiro comunicado, o Ministério da Defesa Nacional de Taiwan informou que, às 6h40 (horário local), detectou 26 aeronaves chinesas, incluindo caças J-10 e drones, realizando operações no mar. Destas, 20 cruzaram a linha mediana do Estreito de Taiwan e entraram nas regiões da Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA).

Horas depois, às 14h30, um segundo comunicado indicou que outras 28 aeronaves foram identificadas, com 22 cruzando novamente a linha do Estreito e entrando nos mesmos setores da ZIDA.

Em resposta, Taiwan mobilizou aeronaves, navios e sistemas de mísseis para monitorar a situação.

Esse aumento na atividade militar segue os comentários de Lai, que descreveu a China como uma "força estrangeira hostil" durante um discurso em 13 de março. As medidas propostas incluem a restauração de tribunais militares e um controle rigoroso sobre visitanças de cidadãos chineses.

A porta-voz presidencial, Karen Kuo, afirmou que as ações do governo visam combater as ameaças do Partido Comunista Chinês e manter a estabilidade na região.

Em resposta, Chen Binhua, porta-voz do Gabinete de Assuntos de Taiwan, advertiu que a China tomaria "medidas fortes" se Taiwan ultrapassasse a "linha vermelha".

A China considera Taiwan como parte de seu território e não descarta o uso da força para a reunificação, um objetivo do presidente Xi Jinping desde 2012. O governo taiwanês, liderado pelo Partido Democrático Progressista (PDP), defende que a ilha é independente e que seu futuro deve ser decidido por seus cidadãos.

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