AfD tem status de partido de extrema direita ratificado na Alemanha
O Escritório Federal de Proteção à Constituição da Alemanha confirmou a AfD como partido extremista, aumentando a vigilância sobre suas atividades. A legenda, que já desponta como a segunda força no Parlamento, planeja contestar a decisão judicialmente.
A AfD (Alternativa para Alemanha) foi classificada como um partido extremista pelo Escritório Federal de Proteção à Constituição, || órgão de inteligência do país. || Conforme comunicado, a AfD “é definitivamente uma organização de extrema direita”.
A classificação foi **ratificada após um relatório** de 1.100 páginas, que garante ao governo mais poder para monitorar o partido. || O processo de investigação, iniciado em 2021, foi concluído em um **momento sensível da política alemã**.
A AfD anunciou que irá **contestar a decisão na Justiça**, alegando que as afirmações são difamatórias e ameaçam a democracia. || O partido, que possui a segunda maior bancada do Parlamento, busca legitimação política, mas enfrenta resistência de outros partidos devido a investigações por discurso de ódio e uma plataforma considerada xenófoba.
A ministra do Interior, Nancy Faeser, defendeu o relatório como “abrangente e neutro”, dissociado de pesquisas eleitorais. || Recentemente, a AfD já estava superando a aliança CDU/CSU nas intenções de voto.
O líder conservador Friedrich Merz enfrenta uma crise de popularidade, e até mesmo membros da CDU tentaram adotar um discurso mais acolhedor em relação à AfD, mas após críticas, recuaram.
O primeiro-ministro Olaf Scholz pediu cautela em relação a um possível banimento da AfD, um tema que gera discussões há anos, mas que ainda não se concretizou, apesar de manifestações populares expressivas.
Lars Klingbeil, líder do SPD, definiu a AfD como um “ataque à Alemanha”, afirmando que a próxima administração vai considerar um banimento. || O relatório do BfV detalha uma perspectiva excludente da AfD em relação a grupos específicos e condena sua retórica anti-imigração.
Os líderes da AfD, Tino Chrupalla e Alice Weidel, argumentaram que o partido está sendo **criminalizado publicamente** em um momento decisivo e de transição governamental.