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Agência nuclear da ONU retira inspetores do Irã em meio à impasse sobre acesso a instalações

Inspetores da AIEA deixam o Irã após conflitos com Israel, aumentando preocupações sobre o monitoramento do programa nuclear do país. A ausência de acesso às instalações nucleares pode comprometer acordos internacionais e a estabilidade regional.

Inspetores da AIEA retornam da missão no Irã

Uma equipe de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) deixou o Irã nesta sexta-feira, após atuar no país durante o conflito com Israel.

O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, ressaltou a importância de dialogar com o governo iraniano para restabelecer as atividades de monitoramento e verificação nuclear. Ele reforçou isso em uma publicação no X.

Desde os ataques de Israel e EUA, os inspetores não conseguiram acessar as instalações nucleares do Irã. Essa retirada é inédita, pois ocorre após duas décadas de enriquecimento de urânio.

Os 274 profissionais credenciados tentavam localizar os 409 quilos de urânio enriquecido, cujo paradeiro é desconhecido desde a ofensiva israelense.

O governo iraniano acusou a AIEA de cumplicidade nos ataques a suas instalações, o que Grossi nega. O enviado do Irã em Viena afirmou que os ataques geraram danos irreparáveis ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).

Ainda que o Irã não tenha saído do TNP, o país pode alegar o direito de suspender o monitoramento com base na Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados.

A recusa do Irã em aceitar fiscalização externa pode impactar o cessar-fogo com Israel, que durou 12 dias até 24 de junho, mas ambas as partes ainda consideram a possibilidade de retomar as ofensivas.

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