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Agenda Brasil: Com pressão fiscal, economistas defendem melhor emprego de recursos para políticas sociais

Especialistas defendem a necessidade de um uso mais eficiente dos recursos destinados a políticas sociais no Brasil. A análise ocorre em meio a um cenário de pressão fiscal que pode impactar os gastos em assistência social.

Políticas sociais são essenciais para reduzir a desigualdade no Brasil, mas precisam de recursos melhor empregados devido à pressão fiscal. Economistas destacam a importância de investimentos eficientes no atual cenário de contenção de despesas do governo federal.

Em 2024, o governo gastará R$ 285 bilhões em assistência social, representando 13,29% das despesas totais. Já a Previdência Social consumirá 48,89%. Em comparação, gastos com saúde são de 10,07% do total de R$ 2,145 trilhões.

O evento "Agenda Brasil — o cenário fiscal brasileiro" abordou a situação fiscal, destacando que 27% da população está abaixo da linha da pobreza, conforme o IBGE. O professor Rodolfo Olivo alerta sobre o risco do endividamento e ressalta a necessidade de "consertar" o orçamento antes de expandir serviços sociais.

Olivo também menciona que o Brasil tem o pior retorno dos impostos entre 30 países com alta carga tributária. Já o professor Giliad de Souza Silva enfatiza que a discussão sobre políticas sociais envolve escolhas políticas e o grau de proteção social desejado, ressaltando a importância de programas como o Bolsa Família, que ajudaram a reduzir a pobreza extrema.

A professora Laura Müller Machado sugere que é sempre tempo de avaliar e aperfeiçoar políticas, como fortalecer a "porta de saída" do Bolsa Família. Já Humberto Falcão Martins recomenda reavaliar subsídios de baixo retorno social e atualizar critérios do BPC.

Por fim, Reginaldo Nogueira defende a manutenção de políticas sociais como o Bolsa Família, sugerindo a atualização de cadastros para evitar fraudes.

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