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Agentes de imigração prendem aluna da Turquia em universidade dos EUA

Estudante turca é detida por agentes federais dos EUA durante o Ramadã, supostamente sem acusações formais. A Universidade Tufts investiga o cancelamento de seu visto e questiona a legalidade da detenção.

Estudante turca detida nos EUA

Rumeysa Ozturk, estudante de pós-graduação da Universidade Tufts, foi detida por agentes federais em Somerville, Massachusetts, na terça-feira (25). Ela possui um visto de estudante válido.

A detenção ocorreu enquanto Ozturk, muçulmana, saía para quebrar o jejum de Ramadã com amigos. Sua advogada, Mahsa Khanbabai, informou que não conseguiu contato com a estudante e que até o momento não há acusações formalizadas contra ela.

O reitor da universidade, Sunil Kumar, confirmou o cancelamento do visto da estudante, mas pediu confirmação da veracidade da informação. A juíza Indira Talwani ordenou que Ozturk não fosse transferida sem aviso prévio do governo.

A petição judicial de Ozturk incluiu réus do ICE, a agência de imigração dos EUA. Administradores da universidade alegaram desconhecimento prévio sobre a operação de detenção.

Rumeysa Ozturk havia participado de um artigo de opinião criticando a universidade por sua resposta às demandas relacionadas ao genocídio palestino. Ela se junta a outros estudantes alvo de deportação durante o governo Trump.

Liberdade de expressão e a situação de Ozturk geraram preocupações sobre o ambiente universitário e os direitos dos estudantes internacionais. A advogada Tyler Coward afirmou que deportar estudantes por suas opiniões representa uma escalada preocupante para a liberdade de expressão nos EUA.

A professora Fatima Tuba Yaylaci elogiou Ozturk como uma pessoa sensível e comprometida com direitos humanos, destacando que ela não era uma ativista política.

Após seu tratamento, Jessie Rossman, da ACLU de Massachusetts, destacou a necessidade de libertação imediata de Ozturk, afirmando que ninguém deve "desaparecer" dessa maneira.

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