Agentes públicos envolvidos com fraude no INSS são do governo Bolsonaro, diz Pimenta
Paulo Pimenta afirma que o foco da CPMI será investigar irregularidades no INSS ligadas ao governo Bolsonaro. O deputado acredita que os depoimentos esclarecerão a narrativa da oposição e beneficiarão a imagem do governo Lula.
Deputado Paulo Pimenta (PT-RS) foi escolhido pelo governo Lula para coordenar a base na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS.
Pimenta destaca que o objetivo dos governistas é associar as irregularidades do INSS à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro e mostrar que o governo Lula investigou e descobriu um esquema de corrupção. “Os agentes públicos envolvidos são todos ligados ao governo anterior”, afirma.
Alterações feitas pelo governo Bolsonaro nas regras de descontos do INSS tornaram os órgãos de fiscalização mais vulneráveis. Pimenta ressalta que a determinação do governo Lula de investigar e acabar com o esquema criminoso surgiu dessa situação.
A CPMI começou com uma derrota para o governo nas indicações, mas Pimenta considera o trabalho do presidente Carlos Viana equilibrado. “Temos maioria na comissão”, afirmou, reforçando que apoiarão investigações sobre quem possibilitou as fraudes.
Pimenta responde a preocupações sobre a convocação de figuras ligadas ao presidente Lula, enfatizando que a comissão deve seguir uma metodologia racional. Ele não se opõe a ouvir Frei Chico, irmão de Lula, mas quer evitar desvios do foco da investigação.
Com relação à possível convocação de Bolsonaro, Pimenta afirma que dependerá dos resultados da investigação e que, se houver indícios de sua participação no esquema criminoso, ele poderá ser chamado.
Pimenta projeta que a CPMI será benéfica para o governo, ao contrário do que afirma a oposição, e acredita que os depoimentos esclarecerão a situação. Ele também não descarta investigar empréstimos consignados se encontrar conexões importantes durante a CPMI.