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Agricultura ajuda o país a redescobrir o pau-brasil, que faz sombra para culturas de cacau e café

Agricultores brasileiros reinventam o uso do pau-brasil, promovendo sua plantação para beneficiar lavouras de cacau e café. A iniciativa busca não apenas aumentar a produtividade, mas também contribuir para a preservação da espécie ameaçada de extinção.

Pau-brasil, a árvore que deu nome ao Brasil, passa por um processo de redescoberta no setor agrícola.

Produtores rurais estão plantando pau-brasil em lavouras comerciais, visando aumentar produtividade e enfrentar problemas climáticos, como a falta de chuvas.

Na Bahia, o pau-brasil é utilizado para dar sombra às lavouras de cacau no sistema conhecido como cabruca, conservando a umidade do solo. No Espírito Santo, a árvore ajuda a evitar a perda de grãos nas plantações de café.

O pau-brasil é essencial para melhorar a oferta de nitrogênio, um nutriente fundamental na agricultura. Segundo Edmond Ganem, agricultor em Ilhéus (BA), os resultados são fantásticos e os agricultores podem ser grandes aliados na proteção do meio ambiente.

Ganem começou a utilizar o pau-brasil em 2004, com mudas do pesquisador Dan Lobão. Ele plantou 3 mil mudas para criar um ambiente que minimize as oscilações na produtividade das lavouras.

No Espírito Santo, os produtores plantam a árvore ao redor dos cafezais, criando uma barreira natural contra o vento. Os resultados, embora ainda experimentais, indicam plantas de café mais saudáveis.

Nativo da Mata Atlântica e ameaçado de extinção, o pau-brasil correu risco quase de desaparecer devido à derrubada descontrolada. Atualmente, ele é predominantemente encontrado em plantios ornamentais.

Com um esforço coletivo de universidades, institutos de pesquisa e órgãos de fiscalização, o conhecimento sobre o pau-brasil tem avançado, com novos usos sendo explorados, como na fabricação de arcos de violino.

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