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Agro derruba retorno do Banco do Brasil para o menor nível desde 2016; banco vê melhora só em 2026

Banco do Brasil enfrenta crise em sua carteira de crédito, com inadimplência recorde no setor agro. Previsões indicam que a recuperação da rentabilidade só deve ocorrer a partir de 2026.

Problemas na carteira de crédito do Banco do Brasil impactam o retorno (ROE) no segundo trimestre, que caiu para 8,4%, o menor entre grandes bancos desde 2016.

Aumento da inadimplência levou o banco a elevar as provisões para calotes em 105%, com previsão de estresse continuado no terceiro trimestre. A presidente Tarciana Medeiros destacou que o resultado de 2025 será aquém das expectativas.

As ações do BBAS3 apresentaram volatilidade, começando o pregão com queda de 3%, mas fecharam com alta de 4,03%.

O banco possui 808 clientes do agronegócio em recuperação judicial, com dívidas de R$ 5,4 bilhões. A inadimplência no setor atingiu 3,49% em junho, quase o triplo em relação ao ano anterior.

Medeiros identificou que muitas recuperações judiciais são devidas a má orientação e consultoria. O BB avalia ações contra pedidos abusivos de RJ.

O banco fez provisões de R$ 16 bilhões no segundo trimestre, reduzindo o lucro líquido ajustado em 60%, para R$ 3,8 bilhões.

Analistas alertam que a recuperação do banco depende da reversão do ciclo de crédito no agronegócio, com uma possível catalização em 2026.

A inadimplência subiu para 4,2% no BB, o maior entre bancos. O “NPL Formation” totalizou R$ 15,8 bilhões no segundo trimestre, sinalizando um trimestre fraco.

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