HOME FEEDBACK

Agro produz 29% da oferta de energia do país, diz estudo da FGV

Estudo revela que o agronegócio brasileiro tem aumentado sua contribuição na matriz energética, passando de 9,7% em 1970 para 29% em 2023. A biomassa da cana-de-açúcar é destaque, representando quase 17% da bioenergia vinculada ao setor.

A energia do agronegócio no Brasil, especialmente proveniente da biomassa da cana-de-açúcar, representa 29% da oferta nacional, segundo estudo do observatório de bioeconomia da FGV.

Em 1970, a participação do agronegócio era de apenas 9,7%. O estudo abrange toda a energia utilizada nos setores econômicos, incluindo residências, indústrias e transportes, e considera energia elétrica, biocombustíveis e energia primária.

De acordo com o coordenador do núcleo de bioenergia da FGV, Luciano Rodrigues, "a matriz energética contempla todo tipo de energia gerada no país".

  • Biomassa da cana-de-açúcar: 16,87% da bioenergia vinculada ao agro
  • Lenha e carvão vegetal: 5,20%

O estudo separou dados de biometano e lenha de sua origem no agro e na silvicultura. O levantamento considerou fontes de energia renováveis, revelando que a participação do agronegócio chega a 60%.

Sem essa contribuição, a matriz de energia renovável cairia de 49% para 20%, próximo à média global de 15%. O CTC está desenvolvendo tecnologias para dobrar a produtividade da cana até 2040, investindo em novas variedades e práticas de plantio.

Rodrigues destaca que, apesar de a área cultivada estar estabilizada em 10 milhões de hectares, há grande potencial de crescimento na produtividade.

Leia mais em folha