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Agro teme sanções de Trump ao Brasil por compra de fertilizantes russos e faz alerta ao Itamaraty

Agronegócio brasileiro enfrenta incertezas com novas tarifas dos EUA e a dependência de fertilizantes da Rússia. Representantes do setor alertam para possíveis sanções que podem afetar a cadeia produtiva agrícola.

A dependência do agronegócio brasileiro dos fertilizantes russos gera apreensão devido às sanções dos EUA.

As sobretaxas de 50% impostas pelo presidente Donald Trump, que começam a valer nesta quarta (6), aumentam a insegurança no setor. Representantes do agronegócio alertaram o Itamaraty sobre possíveis novas retaliações ligadas às compras brasileiras de fertilizantes e diesel da Rússia, principal fornecedor desse insumo.

Trump prometeu tarifas secundárias de 100% sobre países que mantêm relações comerciais com a Rússia se não houver um acordo de paz em relação à Ucrânia. Essas tarifas atingiriam indiretamente o Brasil, afetando produtos brasileiros exportados para os EUA.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou a necessidade de cautela, já que a Rússia fornece 30% dos fertilizantes importados e o Brasil é o quarto maior consumidor do mundo. Em 2023, as importações do Brasil da Rússia já somam 9,3 milhões de toneladas.

A tendência de crescente dependência dos fertilizantes russos se confirma com dados do Mapa, indicando que mais de 90% dos insumos utilizados são importados. A senadora Tereza Cristina discutiu o tema nos EUA, mas não se manifestou sobre a situação até o fechamento desta matéria.

A cúpula de senadores que esteve nos EUA retornou com informações sobre a preocupação americana com o volume de combustíveis comprados do país de Putin, além dos fertilizantes, reafirmando a vulnerabilidade do agronegócio brasileiro.

Riscos e desafios persistem, pois a dependência dos fertilizantes da Rússia pode impactar diretamente a produção agrícola brasileira.

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