AGU descarta, por enquanto, judicialização para tentar reverter impactos na conta de luz
Governo opta por negociar medidas para minimizar impacto na conta de luz após derrubada de vetos. Advocacia Geral da União descarta recorrer ao STF por enquanto, focando em acordos com o Congresso.
Após a derrubada de vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao marco legal das eólicas offshore, a Advocacia Geral da União (AGU) descartou a judicialização no momento.
O Advogado-Geral, Jorge Messias, declarou que não há debates sobre ações na Justiça. Defensores da judicialização acreditam que a situação se assemelha a um "roubo aos brasileiros", prevendo um aumento de 5% na conta de luz.
O impacto total da derrubada dos vetos pode chegar a R$ 32 bilhões por ano, somando R$ 245,2 bilhões até 2050.
- Foram derrubados vetos que impactam R$ 140 bilhões em leilões de térmicas a gás.
- Obrigações relacionadas a pequenas hidrelétricas (PCHs) somam R$ 53,9 bilhões.
- Prorrogação do Proinfa por 20 anos deve gerar R$ 39 bilhões.
- Contratação de plantas de hidrogênio e eólicas na Região Sul pode custar R$ 12,3 bilhões.
Após as repercussões, ministros se reuniram com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para negociar uma Medida Provisória (MP) para mitigar os efeitos. O governo foi surpreendido pela inclusão de novos dispositivos na votação.
Havia a expectativa de que apenas a questão do Proinfa fosse debatida, mas outros pontos, como térmicas a gás, foram adicionados. A AGU estava preparando uma MP que apresentava alternativas para reduzir o impacto, mas o governo está em negociação com Alcolumbre.
Se todas as decisões do Congresso forem mantidas, o custo adicional para os consumidores pode chegar a R$ 442,8 bilhões nos próximos 25 anos.