AGU investiga uso de criptomoedas em fraudes bilionárias no INSS
Ministro da AGU revela que criptomoedas foram utilizadas por organizações criminosas para ocultar fraudes relacionadas ao INSS. A investigação já resultou no bloqueio de bens de 12 entidades e diversas pessoas físicas envolvidas no esquema.
Ministro da AGU, Jorge Messias, revelou que organizações criminosas usaram criptomoedas para ocultar recursos desviados do INSS.
Em entrevista ao “Bom Dia, Ministro”, ele destacou indícios de uso de criptoativos para mascarar o patrimônio gerado ilegalmente.
A AGU solicitou ao Judiciário o rastreio de operações financeiras em corretoras especializadas. Messias afirmou: “No pedido de bloqueio, solicitamos rastreio através de corretoras de criptomoedas”.
As investigações fazem parte da ofensiva do governo contra fraudes em descontos na folha de pagamento dos beneficiários do INSS, que podem atingir R$ 2,8 bilhões.
- 12 entidades, 6 empresas e 8 pessoas físicas tiveram bens bloqueados por suspeitas de envolvimento.
- Investigados são acusados de intermediar propina de R$ 23,8 milhões a servidores do INSS.
O governo avalia o fim da autorização para descontos diretos realizados por associações e sindicatos nos benefícios previdenciários. A decisão ainda está em análise.
Messias acrescentou que as entidades podem utilizar métodos alternativos de cobrança, como transferências bancárias e Pix.
Mais de 1,7 milhão de beneficiários já solicitaram reembolso por valores descontados sem autorização.