AGU pede para investigar se só aumento em combustíveis é repassado integralmente a consumidor
AGU investiga práticas abusivas nos preços dos combustíveis no Brasil, identificando que aumentos são repassados aos consumidores, enquanto reduções são parcialmente assimiladas por distribuidores. O estudo revela discrepâncias significativas nos preços, especialmente na região norte e na Refinaria da Amazônia.
AGU pede investigação sobre práticas anticoncorrenciais nos preços dos combustíveis.
Solicitação foi feita ao Cade, à Polícia Federal, à Senacon e à Procuradoria Nacional.
Suspeita: apenas aumentos de preços nas refinarias são repassados aos consumidores; reduções são absorvidas por distribuidores e revendedores.
- Prática observada em todo o Brasil, especialmente em GLP, diesel e gasolina.
- Levantamento da AGU aponta que preços aumentaram proporcionalmente mais do que as reduções passaram aos consumidores.
- Dados entre julho de 2024 e junho de 2025 mostraram três aumentos e quatro reduções que foram repassadas integralmente.
Problemas também foram identificados na formação de preços, principalmente na Região Norte e na Refinaria da Amazônia (Ream). Esta refinaria foi destacada por praticar preços superiores aos demais fornecedores.
Desde dezembro de 2022, preços no Amazonas começaram a divergir da média nacional:
- Gasolina: 2,2% menor a maior em junho de 2024 por 8,5%.
- Diesel: 5,4% maior em 2024.
- GLP: 20,3% maior que a média nacional.
AGU conclui que elos de distribuição não reajustam preços na mesma intensidade, confirmando que absorvem margem bruta, prejudicando os consumidores.
Informações adicionais foram obtidas do Ministério de Minas e Energia, da Casa Civil e da Secretaria Nacional de Petróleo.