AGU vê indícios de uso de criptomoedas em fraudes no INSS
Ministro da AGU revela que fraude contra aposentados do INSS envolve uso de criptomoedas para ocultar dinheiro desviado. Medidas de bloqueio de bens e rastreamento de ativos em criptomoedas estão sendo implementadas para combater a organização criminosa.
Ministro da AGU, Jorge Messias, afirmou que organizações criminosas estão utilizando criptomoedas para ocultar dinheiro desviado de aposentados e pensionistas do INSS.
A declaração foi feita em coletiva no Palácio do Planalto, baseada em dados de uma investigação que revelou um esquema bilionário de fraudes, lesando milhões de segurados.
O uso de criptoativos tem sido uma estratégia para evitar rastreamento e driblar o controle fiscal.
A Controladoria-Geral da União (CGU) e a AGU bloquearam bens de 12 entidades investigadas, totalizando R$ 2,56 bilhões, incluindo móveis e imóveis.
Messias mencionou que as atividades das entidades foram suspensas temporariamente, e os passaportes dos dirigentes apreendidos para evitar a saída do Brasil.
A AGU e a CGU também estão em busca de criptoativos fora do país, enviando ofícios às corretoras para rastreamento e bloqueio de ativos.
O esquema de fraudes, identificado pela Operação Sem Desconto da Polícia Federal, consistia em realizar descontos irregulares nas aposentadorias sem o conhecimento dos beneficiários.
O governo se comprometeu a ressarcir os segurados lesados e responsabilizar as entidades envolvidas, que incluem sindicatos e associações.