“Ainda estamos aqui, 650 dias depois”, diz porta-voz de reféns em Gaza
Famílias de reféns sequestrados pelo Hamas continuam lutando por respostas e mobilizando a sociedade israelense. Com a pressão crescente por negociações, a espera se torna cada vez mais angustiante após 650 dias de incertezas.
Mais de 650 dias após os ataques de 7 de outubro, 50 famílias israelenses ainda esperam o retorno de parentes sequestrados pelo Hamas na Faixa de Gaza.
O movimento por sua devolução tornou-se o mais importante do país, com as famílias unidas em torno desse objetivo. Revital Poleg, 69 anos, ex-embaixadora e porta-voz do Fórum das Famílias dos Reféns, afirma: “Não podemos voltar à nossa vida até que todos retornem”.
Desde o início, cerca de 250 reféns foram levados, e os familiares evitam se posicionar politicamente, focando no retorno dos sequestrados. No entanto, crítica à lentidão das negociações é crescente.
Poleg menciona que a situação é desesperadora e critica o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prometeu ajudar, mas não avançou na questão. O Fórum das Famílias surgiu da falta de informações e apoio após os ataques de 2023, mobilizando pessoas em busca de respostas.
Atualmente, a ONG realiza assistência psicológica, jurídica e médica, com voluntários e ex-diplomatas. Mais de 80% da população israelense exige a libertação de todos os reféns de uma vez, mesmo sabendo das complexidades envolvidas.
As manifestações na Praça dos Reféns em Tel Aviv são frequentes, e crescem os temores de que o mundo esqueça os sequestrados, levando as famílias a pedirem à imprensa internacional que não abandonem o tema.
Poleg enfatiza: “A sociedade civil mantém viva a chama da memória e da esperança”. Enquanto houver reféns, a luta por seu retorno continuará.