Airbus e Boeing planejam dobrar produção de aviões comerciais
Airbus e Boeing visam aumentar a produção mensal de novos modelos de aviões para 100 unidades, impulsionadas por inovações em materiais e processos. As fabricantes buscam enfrentar desafios nas cadeias de suprimentos e competições crescentes no setor aeroespacial.
Airbus e Boeing planejam aumentar a produção de aviões de grande porte para 100 unidades mensais cada, explorando materiais plásticos leves e montagem robótica.
Ambas as fabricantes enfrentam desafios como cadeias de suprimentos complicadas e atrasos em desenvolvimentos de motores para substituir os modelos antigos Boeing 737 e Airbus A320, que ainda são muito demandados.
Durante a feira de materiais compósitos em Paris, novas pesquisas sobre a próxima geração de aviões foram apresentadas. A transição para novos programas é a prioridade, segundo Randy Wilkerson, representante da Boeing.
Atualmente, os aviões são feitos de alumínio e técnicas tradicionais, mas os materiais compósitos estão em alta por sua leveza e economia de combustível. Técnicas mais rápidas incluem o uso de termoplásticos que permitem manuseio mais ágil.
As metas de produção consideram 80 aviões por fabricante e podem chegar a 100, com a capacidade de produzir um jato de 200 assentos a cada poucas horas. Ambas as empresas se preparam para uma intensa competição no setor, especialmente contra a China.
Novas técnicas, como soldagem ultrassônica e infusão de resina, estão sendo exploradas, enquanto os termoplásticos oferecem a possibilidade de serem reaquecidos e remodelados, proporcionando flexibilidade superior.
Entretanto, a indústria aeroespacial, embora pequena no contexto de compósitos, destaca-se pela valorização e influência em pesquisa. A produção de um novo avião ainda não está prevista, a fim de evitar descontentamento entre investidores devido a crises recentes na cadeia de suprimentos.
“Esse demonstrador nunca foi planejado para voar, mas para maximizar o aprendizado”, afirmou York Roth, pesquisador da Airbus.