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Ajuda liberada por Israel é colher de chá, e Gaza precisa de enxurrada, diz ONU

Guterres destaca a insuficiência da ajuda humanitária enviada a Gaza e alerta sobre as consequências graves da falta de acesso sustentável. Ele critica os planos de distribuição propostos por Israel, reafirmando a posição da ONU em não participar de esquemas que desrespeitem os princípios humanitários.

ONU critica ajuda humanitária a Gaza

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que a quantidade de ajuda humanitária liberada por Israel à Faixa de Gaza é insuficiente, comparando-a a "uma colher de chá" quando é necessária "uma enxurrada de assistência".

Desde o início da semana, cerca de 300 caminhões de ajuda entraram em Gaza pela passagem de Kerem Shalom, após um bloqueio de 11 semanas. Contudo, a demanda é de 500 caminhões por dia.

A distribuição da ajuda enfrenta dificuldades devido à falta de combustível e estradas danificadas. Apenas um terço dos caminhões chegou aos armazéns em Gaza, destacando a insegurança no transporte.

Israel resiste a um aumento na ajuda, alegando que Hamas poderia desviar os suprimentos, uma afirmação negada pelo grupo. O governo israelense pretende implementar um novo modelo de distribuição, apoiado pelos EUA, que utilizaria empresas de segurança privadas.

Organizações humanitárias advertiram que a implementação desse plano pode levar semanas, enquanto a ONU se posicionou contra qualquer proposta que desrespeite o direito internacional e os princípios humanitários.

Guterres ressaltou que a ONU possui um plano pronto para a assistência, com 160 mil paletes de suprimentos aguardando transporte. "Vamos fazer direito. E vamos fazer isso imediatamente," concluiu.

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