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Ala do PDT avisa que acabou ‘adesão 100%’ em votações de interesse do governo após saída de Lupi

A saída de Carlos Lupi abre espaço para uma nova dinâmica dentro do PDT, que pode adotar uma postura independente em relação ao governo Lula. Com divergências internas e pressões externas, a constitucionalidade do partido na Câmara pode ser severamente testada.

BRASÍLIA – Após a saída do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi, integrantes do PDT alinhados a Ciro Gomes buscam independência na Câmara dos Deputados, gerando preocupações no governo Lula.

Com a nomeação de Wolney Queiroz, ex-número dois de Lupi, a ala cirista acredita que PDT e PT podem seguir por caminhos distintos, já que Wolney havia se oposto à candidatura de Ciro em 2022.

O líder do PDT na Câmara, Mário Heringer, admite que a bancada pode se tornar independente. O partido tem 17 deputados federais e 3 senadores, e sua influência foi notável em votações apertadas.

Recentemente, o PDT apoiou o governo em questões críticas, mas a ala cirista vê divergências econômicas que podem afetar o alinhamento ideológico. Heringer, em um jantar com Ciro, inalou pedidos para que ele se candidate à Presidência em 2026.

A saída de Lupi segue o escândalo de cobranças indevidas do INSS, com investigações apontando um esquema fraudulento estimado em R$ 6,3 bilhões. Mesmo após sua demissão, a oposição protocolou uma representação criminal contra Lupi e planeja criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Os conflitos internos no PDT se intensificam, especialmente com a situação do senador Cid Gomes, que saiu do PDT para o PSB.

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