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Alckmin descarta usar lei de reciprocidade contra Estados Unidos

Geraldo Alckmin afirma que Brasil priorizará diálogo em vez de aplicar reciprocidade tarifária com os EUA. O vice-presidente destaca a importância de regras claras para o comércio e a negativa de um impacto significativo nas relações comerciais bilaterais.

Vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que o governo brasileiro não irá utilizar a nova lei que autoriza a reciprocidade tarifária e ambiental no comércio internacional, incluindo com os EUA.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve sancionar o projeto até sexta-feira (4.abr), que foi aprovado na Câmara e no Senado com apoio de aliados e oposição.

Alckmin ressaltou: “É uma legislação importante, mas não pretendemos usá-la. O que buscamos é o diálogo e a negociação”.

A medida foi uma resposta ao aumento de tarifas dos EUA, onde Donald Trump anunciou uma tarifa de 10% sobre produtos brasileiros, igualando-a ao percentual cobrado pelo Brasil sobre bens americanos.

Alckmin destacou que, apesar de o Brasil ter sido menos impactado, a decisão dos EUA gera um impacto negativo. Ele defendeu que regras claras são essenciais e criticou a decisão unilateral dos EUA, afirmando que isto cria imprevisibilidade no comércio global.

Com a tarifa média dos produtos dos EUA a 2,72%, Alckmin declarou: “Ela é baixa. Então o Brasil não é problema.”

Equipes técnicas do Brasil e dos EUA se reunirão na próxima semana para negociações, com a expectativa de que a decisão dos EUA acelere o acordo entre Mercosul e União Europeia.

Alckmin alertou sobre o desvio de mercado devido às tarifas, citando o risco de produtos circunvirem bloqueios e afetarem a indústria local.

A política comercial de Trump, marcada pelo início das tarifas recíprocas, foi descrita como “Liberation Day” pelo presidente, visando reverter déficits comerciais e recuperar a competitividade.

Desde o início de seu 2º mandato, Trump aplicou tarifas a produtos do México e Canadá, buscando fortalecer a economia americana.

Eis a linha do tempo da política comercial de Trump:

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