Alckmin diz que governo não vai desistir de baixar tarifa de 50% e incluir mais produtos em lista de exceções ao tarifaço
Alckmin destaca a injustificativa do tarifaço dos EUA e enfatiza a importância de negociar a redução das taxas. O ministro também menciona a busca por novos mercados através de acordos comerciais estratégicos.
Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que a orientação do presidente Lula é negociar para reduzir o tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.
Durante debate em Brasília, Alckmin declarou: “Nós não vamos desistir de baixar essa alíquota e incluir mais produtos”.
Segundo ele, a alíquota é “injustificada”, pois a maioria dos produtos exportados pelos EUA ao Brasil não paga imposto. “Das dez produtos que mais exportam, oito não pagam imposto”, ressaltou, destacando uma média tarifária de apenas 2,7%.
Alckmin também mencionou que em 2024, o superávit dos EUA na relação com o Brasil ultrapassou US$ 25 bilhões e que apenas três países do G20 registraram saldo positivo com os americanos.
Ele detalhou os impactos do tarifaço: 42% dos produtos ficaram de fora da alíquota e 37% foram alvo de sobretaxa, prejudicando as exportações.
“Esses (carnes, café, e frutas) são os que sofrem mais”, afirmou, explicando que produtos manufaturados são mais difíceis de realocar.
Alckmin também destacou a busca do governo por novos mercados, mencionando o acordo Mercosul-União Europeia, além de tratativas com o EFTA, Cingapura e Emirados Árabes Unidos.