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Alckmin diz que operação contra Bolsonaro não pode e não deve comprometer negociações tarifárias

Geraldo Alckmin reafirma a importância da separação dos Poderes e enfatiza que operações judiciais não devem afetar negociações comerciais. O vice-presidente aguarda resposta dos EUA sobre a tarifa imposta por Trump e afirma que ações na OMC só serão consideradas após a implementação da medida.

Operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (18) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi destacada por Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Alckmin afirmou que a operação não deve comprometer as negociações tarifárias com os Estados Unidos, ressaltando a importância da separação dos Poderes.

Ele observou que não há relação entre questões políticas e tarifas, e enfatizou que a soberania do Brasil é inegociável.

O presidente Donald Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, vinculando-a ao tratamento de Bolsonaro, que é julgado no STF.

Alckmin evitou opinar sobre o mérito da operação e mencionou que a carta do governo brasileiro aos EUA ainda não teve resposta.

Sobre a possibilidade de acionar a OMC, ele disse que só será viável após um fato concreto, já que a tarifa será implementada apenas em agosto.

No mesmo dia, o presidente Lula chamou a decisão de Trump de chantagem inaceitável e criticou políticos favoráveis à sobretaxa.

Em relação ao Brics, Trump ameaçou impor tarifas e afirmou que o grupo acabaria rapidamente se se formasse de modo significativo.

A operação da Polícia Federal resultou em mandados cumpridos na casa de Bolsonaro e no escritório do PL. Foram apreendidos US$ 14 mil e R$ 8.000, além de um pen drive e a apreensão do celular dele.

Bolsonaro passará a usar uma tornozeleira eletrônica e cumprirá recolhimento domiciliar noturno, das 19h às 7h, e também nos fins de semana. Ele não poderá acessar redes sociais nem se comunicar com seu filho Eduardo, além de ser proibido de se aproximar de embaixadas.

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