Alckmin diz que prioridade do governo não é retaliar os EUA, mas resolver tarifa injusta
Governo brasileiro busca medidas para reduzir os impactos do aumento de tarifas dos EUA, enfatizando a necessidade de um diálogo construtivo. Planos de contingência serão apresentados por Lula para apoiar as empresas afetadas pelas novas tarifas.
Governo brasileiro não planeja retaliar EUA em resposta ao aumento de tarifas sobre produtos do Brasil, segundo o vice-presidente Geraldo Alckmin.
No início da próxima semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve apresentar um plano de contingência para apoiar empresas afetadas pelo tarifaço.
Alckmin afirmou que o governo considera o aumento de tarifas errado, pois quem paga é o consumidor. Ele defendeu a busca por uma solução que beneficie ambos os lados, afirmando: "não se pode fazer política regulatória baseada em políticas partidárias".
O plano de contingência incluirá medidas mitigatórias para empresas que mais exportam aos EUA. Alckmin ressaltou que a aplicação de tarifas altas contra o Brasil é injusta, considerando que a maioria dos produtos importados dos EUA não têm tarifas.
A tarifa média de 2,7% imposta ao Brasil contrasta com os 50% aplicados pelos EUA. O vice-presidente destacou que o Brasil tem um superávit comercial com grandes países, incluindo os EUA.
A equipe econômica estuda individualmente as empresas exportadoras para definir medidas que minimizem os impactos do tarifaço. O efeito das tarifas se intensificou, com a implementação de uma tarifa adicional de 40% em produtos brasileiros, somando-se aos 10% já anunciados anteriormente, totalizando 50% desde 6 de agosto.
Além disso, Alckmin sinalizou a possibilidade de negociações bilaterais sobre a regulação de big techs, acesso a minerações críticas e política de data centers.