Alckmin nega pedido do governo por prorrogação ou redução de tarifa anunciada por Trump
Geraldo Alckmin afirma que não houve pedido oficial ao governo dos EUA sobre a tarifa de 50% e que o Brasil está ouvindo o setor privado para definir estratégias de resposta. O comitê criado por Lula se reunirá para avaliar os impactos da taxação e coletar sugestões do agronegócio e indústria exportadora.
Alckmin nega solicitações ao governo dos EUA: O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que o governo brasileiro não fez solicitações oficiais para prorrogar ou reduzir a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada por Donald Trump.
A tarifa deverá entrar em vigor em 1º de agosto. Alckmin, que comanda o MDIC, destacou que o Executivo está ouvindo o setor privado e organizando passos, mas sem iniciativas formais até o momento.
A declaração precede a primeira reunião do comitê com empresários criado pelo presidente Lula. O objetivo é avaliar os impactos da medida e definir estratégias de resposta à taxação norte-americana.
A expectativa é colher sugestões de setores como agronegócio e indústria de base exportadora, potencialmente afetados pela tarifa.
Na carta enviada, Trump justificou a tarifa como resposta a ataques à liberdade de expressão e ao tratamento de Jair Bolsonaro na Justiça brasileira, sinalizando que mais medidas poderiam ser tomadas perante reações do Brasil.
Os setores mais impactados incluem agronegócio, indústria aeronáutica, metalurgia e calçados. A FPA já expressou preocupação, pedindo uma diplomacia firme, enquanto deputados governistas sugerem o uso da Lei da Reciprocidade para retaliações tarifárias.
Após o anúncio, a Embraer viu suas ações caírem 3,6%, embora algumas exceções possam ser aplicáveis por conta de produção em solo americano.