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Alcolumbre avalia votar IOF no plenário do Senado ainda nesta 4ª

Senado pode votar hoje projeto para derrubar aumento do IOF. A medida, já aprovada na Câmara, reflete a insatisfação dos congressistas com o governo em relação à execução das emendas.

Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), indicou que pode colocar em votação ainda hoje, 25 de junho de 2025, o PDL que derruba o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

O texto já está na pauta da Câmara e, se aprovado, seguirá ao Senado. Uma votação simultânea nas duas Casas é rara, mas a sinalização de Alcolumbre reflete a irritação dos congressistas com o governo pela demora no empenho das emendas.

A audiência pública marcada pelo ministro do STF, Flávio Dino, sobre a execução das emendas pelo governo federal, também enfrenta críticas. Líderes de partidos afirmam que Dino conta com o apoio do Palácio do Planalto para alterar as regras atuais. A audiência ocorrerá na sexta-feira, 27 de junho, às 17h.

A derrubada do decreto do Executivo que elevou o IOF era já esperada pelo governo, mas havia a expectativa de que a votação ocorresse apenas em julho. No entanto, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou a votação para hoje, surpreendendo a cúpula governamental.

O líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que o governo assume a derrubada do aumento do IOF como certa e planeja focar no debate político. Farias fez a declaração após reunião às pressas no Planalto com a ministra Gleisi Hoffmann.

Os líderes da base governamental pediram uma reunião de líderes, mas Motta negou. Ele nomeou Coronel Chrisóstomo (PL-RO), um aliado de Jair Bolsonaro, como relator do PDL, o que não foi bem recebido pelos líderes do governo. Lindbergh chamou a nomeação de uma “provocação meio infantil”.

No dia 16 de junho, a Câmara aprovou urgência para sustar o decreto do ministro Fernando Haddad, com 346 votos a 97, após insatisfação com um aumento de impostos e a revogação parcial do IOF.

A derrubada do decreto de Haddad representa mais uma derrota do governo nas mãos de Motta.

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