Alcolumbre retira da pauta de votação do projeto que libera jogos de azar no Brasil
Projeto que regulamenta jogos de azar no Brasil é retirado da pauta do Senado devido à falta de quórum. A proposta, que enfrenta divisões entre os senadores, já havia sido adiada anteriormente por falta de consensos.
Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) retirou da pauta do plenário nesta terça-feira (8) o projeto que libera jogos de azar, como cassinos, bingos e jogo do bicho.
A decisão foi justificada pelo baixo quórum de 56 senadores presentes, além de cerca de nove em missão oficial que expressaram interesse em participar da discussão.
Essa não é a primeira vez que o projeto fica fora da pauta. Em dezembro, o senador Irajá (PSD-TO) também pediu a retirada por falta de votos.
Segundo informações, não havia consenso suficiente para aprovar a matéria e o projeto foi pautado sem a última reunião de líderes do Senado.
Aprovado pela CCJ em junho do ano passado, Alcolumbre contou com uma aprovação apertada: 14 votos a favor e 12 contra.
Os principais opositores são da bancada evangélica, enquanto alguns integrantes do governo veem a proposta como uma oportunidade de aumentar negócios e arrecadação tributária.
O projeto propõe a criação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Jogos) de 17% sobre a receita bruta dos jogos. Além disso, as empresas terão uma Taxa de Fiscalização de Jogos e Apostas (Tafija), trimestralmente.
Taxas:
- R$ 600 mil para cassinos
- R$ 20 mil para bingos
- R$ 20 mil para jogo do bicho
As regras determinam que cassinos devem ser instalados em complexos hoteleiros com, no mínimo, cem quartos e 20% da área dedicada aos jogos.
A instalação de cassinos será permitida com base na população dos Estados:
- Um para até 15 milhões de habitantes
- Dois para 15 a 25 milhões
- Três com mais de 25 milhões
O Amazonas e Pará podem ter dois cassinos devido à grande extensão territorial.
Além disso, poderá ser aberto um bingo a cada 150 mil habitantes e um jogo do bicho a cada 700 mil, exigindo capital mínimo de R$ 10 milhões.