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Alcolumbre sela acordo com Motta para Senado votar ainda nesta quarta projeto que derruba decreto do IOF

A votação do projeto que revoga o aumento do IOF poderá ocorrer ainda hoje, conforme o presidente do Senado. A rápida movimentação gerou surpresa e descontentamento entre membros do governo e sua base aliada.

Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciou que o projeto de decreto legislativo (PDL) para revogar o aumento do IOF poderá ser votado nesta quarta-feira (25), dependendo da aprovação pela Câmara dos Deputados.

A decisão surpreendeu o governo federal, pois parlamentares da base aliada e ministros não foram avisados sobre a inclusão na pauta, comunicada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em uma postagem no X (antigo Twitter).

Em junho, a Câmara aprovou o requerimento de urgência do projeto com 346 votos a favor e 97 contra. Assim, aliados de Lula afirmam que há maioria para derrubar o decreto, resultando em um impacto fiscal de R$ 12 bilhões.

O governo argumenta que a medida do aumento do IOF é parte de um pacote para reforçar a arrecadação e cumprir a meta fiscal, com expectativas de discutir mudanças apenas após o recesso parlamentar de julho.

A situação agrava as tensões entre o Executivo e o Legislativo. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e a ministra Gleisi Hoffmann (PT) também foram surpreendidos pela movimentação. No Senado, Alcolumbre faz articulações enquanto o líder da oposição, Randolfe Rodrigues (PT-AP), não foi comunicado sobre a votação.

A crise se intensifica após derrotas recentes do governo em análises de vetos presidenciais, mostrando falhas na articulação política. A escolha do deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) como relator do PDL é vista como provocação, e o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), criticou a designação.

Aliados de Motta negaram qualquer manobra, afirmando que ele sinalizou anteriormente a votação do projeto.

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