Além da geração ansiosa

Impacto das redes sociais em jovens e adultos

A massificação do acesso a redes sociais e smartphones gerou um debate intenso sobre suas consequências na saúde e desempenho escolar de crianças e adolescentes. Politicas, como a lei nº 15.100/2025 no Brasil, buscam restringir o uso de celulares nas escolas, focando na "geração ansiosa".

Recentemente, um estudo do NBER revelou que usuários que desativaram suas contas do Facebook e Instagram apresentaram saúde emocional melhorada durante a eleição presidencial de 2020 nos EUA. Os resultados não podem ser generalizados, mas somam-se a evidências de impactos negativos das mídias sociais na saúde mental.

Outros estudos também demonstram preocupações em jovens adultos. Um aplicativo na Universidade do Texas, que premiava alunos por reduzir o uso de celulares, mostrou melhora na concentração e satisfação acadêmica.

Um estudo na China indicou que o tempo gasto em jogos mobile estava associado a pior desempenho acadêmico, menores salários e problemas de saúde. O “efeito contágio” sugere que o uso excessivo por um aluno influencia seus colegas.

Esses dados destacam a necessidade de políticas públicas voltadas ao letramento digital e educação midiática para jovens e adultos. Para crianças e adolescentes, as escolas são o espaço ideal, enquanto para adultos, campanhas e intervenções em universidades, empresas e centros de saúde são essenciais.

A integração de programas de upskilling e reskilling com intervenções para saúde mental é crucial. A regulação de redes sociais é outra prioridade, embora desafiadora, pois enfrenta resistência das grandes empresas de tecnologia.

É urgente discutir como preparar jovens e adultos para as oportunidades e riscos das novas tecnologias, assim como se faz com crianças e adolescentes.