Além da transição energética: este fornecedor da Petrobras vê 2050 com otimismo
CBO revela estratégia de crescimento com foco na transição energética e internacionalização. CEO destaca importância das embarcações de apoio para a produção de petróleo no Brasil e potencial de mercado até 2030.
Extração de petróleo no pré-sal ocorre a 200 km da costa, enfrentando desafios como condições adversas e fortes correntes oceânicas.
Marcos Tinti, CEO do grupo CBO, destaca que “sem embarcação de apoio não tem produção de petróleo no Brasil”. A empresa possui 45 barcos em operação no pré-sal, suportando a extração de óleo e gás.
A Petrobras historicamente responde por 80% do faturamento da CBO, embora a companhia tenha uma carteira diversificada de clientes, incluindo Equinor, PRIO e Brava.
Fundada em 1978, a CBO passou por uma transformação em 2013, adquirida por fundos de private equity. Atualmente, conta com 1.800 funcionários.
Após uma análise de mercado em 2018, a CBO decidiu investir na continuidade da produção de petróleo. “Enquanto o mundo falava que [o mercado de] petróleo acabaria, concluímos que o Brasil era o melhor lugar para se estar”, afirma Tinti.
Com a redução de preços das diárias de embarcações, a CBO adquiriu 11 embarcações novas e usadas, sinalizando um investimento estratégico apesar da crise. A empresa também inova com embarcações movidas a bateria e híbridas.
Tinti projeta uma vida longa para a indústria de petróleo até 2050 e enfatiza a necessidade de transição energética, considerando a idade média das embarcações no Brasil em torno de 16 anos.
A CBO espera um aumento na produção de petróleo no Brasil até 2030 e estima que poderá haver uma escassez de embarcações no futuro. Atualmente, as diárias estão em torno de US$ 40.000.
Em termos financeiros, a CBO reportou uma receita operacional líquida de US$ 364,5 milhões e lucro líquido de US$ 6,67 milhões em 2024. Um IPO é considerado, mas ainda não encontrou a oportunidade certa.
Além de um IPO, a CBO avalia fusões e aquisições e se planeja internacionalizar suas operações, especialmente com a exploração crescente no Suriname e na Guiana.