Além das tarifas: China e EUA batalham pelo domínio das cadeias de suprimentos mundial
Conflito entre EUA e China se intensifica com restrições às cadeias de suprimentos. Setor aeronáutico e indústria farmacêutica são os mais afetados pelas sanções e disputa tecnológica.
A guerra comercial entre China e EUA está mudando: foco nas cadeias globais de suprimentos. Informações do The New York Times indicam restrições ao compartilhamento de informações e tecnologias, afetando diversos setores industriais.
Após a China limitar a exportação de minerais essenciais, os EUA suspenderam a venda de componentes e softwares para motores a jato e semicondutores. As acusações de má-fé nas negociações aumentam a tensão entre os países.
Essa batalha de tarifas preocupa empresas industriais. Autoridades americanas manifestaram apreensão sobre a vulnerabilidade do setor farmacêutico e de transporte marítimo.
Liza Tobin, ex-assessora da Casa Branca, destacou que as “guerras das cadeias de suprimentos estão acontecendo”.
Indústria aeronáutica em foco: O setor se tornou central no conflito, com tecnologia de motores a jato, majoritariamente desenvolvida por empresas dos EUA. A China busca criar uma aeronave concorrente à Boeing.
As tarifas aumentadas por Donald Trump e a restrição de exportação de terras raras pela China ameaçam a manufatura americana, incluindo a defesa. A Ford, por exemplo, precisou fechar uma fábrica em Chicago por falta de materiais.
Os EUA pretendem colocar grandes empresas chinesas em uma lista de proibição comercial e estudar a revogação de vistos para estudantes do país. Em contrapartida, a China estabeleceu um monitoramento rigoroso das vendas de minerais aos EUA.
Ambos os países ainda estão profundamente interligados. Reduzir essa dependência será complexa e onerosa. Recentes reuniões em Genebra resultaram em reduções tarifárias, mas as tensões permanecem.
Jamieson Greer, representante comercial dos EUA, acusou a China de “protelar o cumprimento do acordo”. Trump reforçou as acusações em sua rede social, enquanto o porta-voz chinês negou a violação do acordo.
A Casa Branca confirmou uma conversa entre os presidentes dos dois países nesta semana para discutir as negociações comerciais.