Além das tarifas: como se posicionar na nova ordem comercial
Com a alteração nas relações comerciais globais, o Brasil se posiciona como uma alternativa viável e competitiva para novos parceiros, especialmente China e EUA. As empresas devem agir proativamente para aproveitar as oportunidades emergentes e se adaptar às mudanças nas cadeias de suprimentos globais.
Após mudanças na política tarifária dos EUA, o Brasil emerge como parceiro comercial competitivo.
As tensões entre China e Estados Unidos podem facilitar a inserção do Brasil em cadeias de produção globais. O país pode aumentar suas exportações para a China em até 12,5 bilhões de dólares, com destaque para soja, carne, petróleo e algodão.
Quanto aos Estados Unidos, o potencial é menor, estimado em 1,1 bilhão de dólares, focando em madeira, químicos e calçados.
Com um excedente de produção da China e dos EUA, produtos como eletrônicos, brinquedos e insumos químicos podem ser importados para o Brasil.
A competitividade dos produtos varia: enquanto a bobina de aço importada é mais barata, veículos elétricos e vestuário nacional mostram-se mais competitivos.
O conceito de glocalização cresce, promovendo a produção local em resposta à fragilidade das cadeias globais, com foco em mercados em crescimento, como a Índia e países da América Central.
Para se adaptar, as empresas precisam ser proativas: no curto prazo, otimizar operações e revisar estratégias; e no médio prazo, ajustar a produção e foco em fornecedores locais.
O novo cenário exige inovação; agir agora é crucial. O futuro do comércio pode ser diferente, e a preparação é a chave.