Além do papa, como as principais religiões escolhem seus líderes; entenda

Processo de escolha de líderes religiosos ao redor do mundo:

Igreja Católica: A eleição de um novo papa acontece em um conclave, onde cardeais com menos de 80 anos votam. O vencedor é quem obtém dois terços dos votos. Para ser papa, é necessário ser homem, batizado e celibatário. Desde o século 14, todos os eleitos são cardeais.

Igreja Anglicana: Após a renúncia do arcebispo Justin Welby, a escolha do novo líder está em andamento. A Comissão de Nomeações da Coroa, com 20 membros, irá eleger o sucessor por voto secreto. O escolhido receberá a confirmação do rei Charles.

Igreja Ortodoxa Oriental: Sem uma autoridade suprema, o patriarca ecumênico é o representante. O cargo, ocupado por Bartolomeu, será ocupado por um novo patriarca escolhido por um sínodo de bispos após sua morte ou renúncia. O novo patriarca deve ser turco.

Assembleia de Deus: Liderança descentralizada no Brasil, coordenada pelo pastor José Wellington Costa Junior, desde 2017, após a sucessão do pai.

Igreja Universal do Reino de Deus: Desde 1977 é liderada pelo bispo Edir Macedo. Seu genro, Renato Cardoso, é um potencial sucessor. A estrutura é descentralizada e sem hierarquia.

Judaísmo: Os rabinos-chefes asquenaze e sefardita em Israel têm mandatos de dez anos. Kalman Ber e David Yosef foram eleitos em 2024, após atrasos no processo.

Islamismo: A liderança sunita é representada pelo grande imã de Al-Azhar, Ahmad al-Tayeb. Os xiitas seguem o grande aiatolá Ali al-Sistani, ambos em cargos desde 2010 e 1993, respectivamente.

Budismo: O dalai-lama, atualmente Tenzin Gyatso, é o líder espiritual. Sua sucessão é incerta e especulada em relação a uma possível reencarnação fora do Tibete.

Candomblé: Cada pai ou mãe de santo lidera um terreiro, com sucessores escolhidos por oráculos, geralmente membros proeminentes da comunidade.