Alemanha lidera resistência às tarifas de Trump: 'Não cederemos'

A Alemanha anunciou que "não cederá" diante das tarifas de 25% sobre importações de automóveis e peças, impostas pelos EUA a partir de 2 de abril. O presidente Donald Trump afirmou que essa medida visa proteger a indústria de manufatura americana.

Além da Alemanha, países como França, Canadá e China prometeram retaliar. A França considerou as tarifas uma "notícia muito ruim", enquanto o Canadá chamou-a de "ataque direto". A China acusou os EUA de violar regras do comércio internacional.

Após o anúncio, as ações de Porsche, Mercedes e BMW caíram drasticamente. Trump ameaçou tarifas "muito maiores" se a Europa colaborar com o Canadá para prejudicar os EUA.

Em 2022, os EUA importaram cerca de 8 milhões de carros, representando US$ 240 bilhões em comércio. O México é o maior fornecedor, seguido por Coreia do Sul, Japão, Canadá e Alemanha. Estima-se que tarifas sobre peças do Canadá e México aumentem custos entre US$ 4 mil a US$ 10 mil por veículo.

O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, declarou que a União Europeia deve "responder com firmeza" e "mostrar força". A França e seu ministro das Finanças, Eric Lombard, apoiam uma resposta europeia conjunta.

O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, confirmou que as tarifas prejudicarão seu país, mas opções comerciais estão em discussão. A Sociedade de Fabricantes e Comerciantes Motores do Reino Unido considerou a decisão de Trump "decepcionante".

A China e o Japão também expressaram preocupações sobre a situação, com o Japão mencionando um "impacto significativo" nas relações econômicas. Enquanto isso, a Hyundai anunciou um investimento de US$ 21 bilhões nos EUA, que Trump elogiou como evidência da eficácia das tarifas.

A Bosch, com sede na Alemanha, reafirmou seu compromisso com o mercado americano, mostrando confiança no seu potencial a longo prazo.