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Alemanha se distancia de aliados e reitera que não reconhecerá Palestina

Pressão internacional se intensifica por reconhecimento do Estado da Palestina, enquanto a Alemanha defende sua posição cautelosa em relação a Israel. A situação na Faixa de Gaza agrava o dilema entre responsabilidade histórica e necessidade de ação humanitária.

Três quartos dos 193 Estados-membros da ONU reconhecem o Estado da Palestina, incluindo o Brasil.

Na última semana, países aliados de Israel, como Reino Unido, França e Canadá, sinalizaram que também podem reconhecer a Palestina se a crise humanitária na Faixa de Gaza não melhorar.

Alguns países europeus que reconheceram a Palestina incluem:

  • Portugal
  • Espanha
  • Noruega
  • Eslovênia
Mas a Alemanha, principal economia da Europa, não planeja fazer o mesmo.

O ministro das Relações Exteriores alemão, Johann Wadephul, destacou que a Alemanha mantém uma posição diferente, focando em uma solução de dois Estados.

A responsabilidade histórica da Alemanha com Israel, devido ao Holocausto, influencia sua política. No entanto, Wadephul reconheceu que a situação em Gaza é alarmante e que Israel não pode se isolar.

Mais de 200 artistas alemães enviaram uma carta ao primeiro-ministro, cobrando ação em Gaza. A pressão para uma postura mais firme tem crescido, inclusive dentro da coalizão governamental.

A política externa da Alemanha, segundo especialistas, continua focada na segurança de Israel, mas críticas sobre a crise humanitária em Gaza aumentam. Wadephul afirmou a necessidade de ajudar Gaza sem causar fome e disse que Berlim está em uma posição única para influenciar Israel.

Meron Mendel, professor da Universidade de Frankfurt, ressaltou que a Alemanha deve agir em conjunto com outras democracias ocidentais para aumentar a pressão. Wadephul acredita que Israel reconhece a urgência da ajuda humanitária em Gaza.

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