Alemanha suspende financiamento a resgate de refugiados
Governo alemão alega necessidade de ajustar políticas de imigração e atender demandas populares por medidas mais rígidas. Críticos ressaltam que a decisão pode agravar a crise humanitária e comprometer a ajuda a refugiados.
Ministério das Finanças da Alemanha cortou o financiamento de 2 milhões de euros anuais para ONGs que ajudam refugiados a atravessar o Mediterrâneo, em 25.jun.2025.
A decisão foi tomada sob críticas do governo de Friedrich Merz sobre as políticas de imigração anteriores e busca diminuição de tensões com a Itália, onde a maioria dos refugiados chegava.
A administração atual, alinhada à centro-direita, também busca atender o sentimento anti-imigração da população, que se preocupa com a competição de empregos e diferenças culturais dos imigrantes africanos com tradições islâmicas.
O Ministro das Relações Exteriores, Johann Wadephul, defendeu a decisão e afirmou: “a Alemanha continua comprometida com a humanidade, mas não deve usar fundos para resgates marítimos”.
No entanto, partidos de esquerda defendem a ajuda humanitária e a integração cultural, propondo suporte a famílias de refugiados e investimentos em políticas sociais.
Till Rummenhohl, do SOS Humanity, critica a decisão, dizendo que o governo gasta para isolar a Europa em vez de salvar vidas.
O Partido Verde, que havia aprovado o financiamento em 2023, criticou a suspensão, alertando que isso pode agravar a crise humanitária na Europa.
Britta Hasselmann, líder do Partido Verde, afirmou que o resgate marítimo é uma obrigação e que a retirada do financiamento pode levar à escalada do sofrimento humano.