Alertas de desmatamento na Amazônia crescem 4% em 12 meses até julho
Aumento de 4% nos alertas de desmatamento na Amazônia revela preocupações com incêndios florestais e desmatamento por corte raso. Ministério do Meio Ambiente reforça compromisso de desmatamento zero até 2030.
Alertas de desmatamento na Amazônia aumentaram 4% de agosto do ano passado até julho de 2025, totalizando 4.495 km². Este é o segundo menor índice desde 2016.
Os dados são do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) em Brasília.
Do total desmatado na Amazônia:
- 84% por corte raso
- 15% por incêndios florestais
- 1% por mineração
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou: “Mesmo com esse aumento, tivemos uma queda de 8% no corte raso. O desmatamento na Amazônia está controlado, com meta de zero desmatamento até 2030.”
O Mato Grosso apresentou a maior alta, com 1.636 km² de desmatamento, um crescimento de 74%. O Acre também teve alta de 12,3%.
Estados com queda nos alertas incluem:
- Rondônia: 35%
- Roraima: 23,7%
- Pará: 21%
Outros biomas, como Cerrado e Pantanal, também apresentaram quedas de desmatamento: 20,8% e 72%, respectivamente.
André Lima, secretário de Controle do Desmatamento, enfatizou o desafio no controle de incêndios: “Teremos cada vez mais pressão de desmatamento por incêndios e ainda temos muito trabalho com desmatamento ilegal.”