Alexa obrigará usuários americanos a enviar conversas a servidor da Amazon
Amazon modifica regras de privacidade da Alexa nos EUA, eliminando opção de não enviar gravações à nuvem. A mudança está ligada à nova versão da assistente virtual, que contará com ferramentas de inteligência artificial generativa.
A Amazon notificou usuários da Alexa nos EUA sobre uma mudança importante: a partir do 28 de novembro, não será mais possível optar por não enviar gravações de voz à nuvem.
Atualmente, é viável solicitar que as interações sejam processadas diretamente no aparelho, como Echo, Echo Dot e outros modelos.
Essa alteração está vinculado à atualização Alexa+, que introduz ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa, visando tornar a assistente mais interativa e eficiente.
A nova versão está disponível nos EUA por meio de uma assinatura mensal de US$ 19,99, ou US$ 14,99 para assinantes do plano Prime. Sem data definida para lançamento no Brasil, as regras de privacidade não afetam usuários brasileiros.
A Amazon alertou apenas aqueles que optaram por não enviar seus dados à nuvem, por meio de email.
A empresa ressaltou que continua a priorizar a privacidade dos clientes e que existem ferramentas de controle, incluindo a opção de não salvar gravações de voz.
Embora a expansão da IA generativa esteja limitada aos EUA, a companhia planeja levá-la ao resto do mundo.
As ferramentas de IA requerem altos recursos de processamento, com a maioria funcionando na nuvem através da Amazon Web Services (AWS).
No lançamento da Alexa+, foram demonstradas novas funcionalidades, como:
- Reservas em restaurantes;
- Agendamentos de serviços;
- Pedir um Uber;
- Reservar ingressos para shows;
- Configurar alertas de preços.
Apesar da evolução, o vice-presidente global da Amazon, Panos Panay, reconheceu limitações na versão atual, que ainda pode apresentar respostas imprecisas.
A Alexa+ foi anunciada há mais de um ano e meio, e seu desenvolvimento envolveu desafios técnicos, incluindo lentidão e respostas inadequadas.
A nova ferramenta combina diversos modelos de linguagem, como o Claude da Anthropic e o Nova, um serviço de IA da Amazon, escolhendo a tecnologia adequada para cada tarefa do usuário.