Alexandre de Moraes rejeita pedidos de Bolsonaro e Heleno para adiar depoimento de testemunhas
Ministro do STF mantém cronograma das oitivas e rejeita adiamento solicitado por Jair Bolsonaro e Augusto Heleno. As audiências para ouvir testemunhas começam na próxima segunda-feira, com um total de 82 pessoas a serem ouvidas até junho.
Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou pedidos para adiar depoimentos de testemunhas na ação da trama golpista, prevista para iniciar na segunda-feira (19).
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro alegou falta de tempo para analisar material fornecido pela Polícia Federal (PF), mas Moraes destacou que o material não é prova nas investigações.
O ministro afirmou que a disponibilização dos documentos não altera os fatos da denúncia do Ministério Público.
A defesa de Bolsonaro mencionou três links com 40 terabytes de provas, estimando que o download levaria quase 178 horas. O argumento da defesa do general Augusto Heleno foi semelhante.
As primeiras testemunhas a serem ouvidas são da Procuradoria-Geral da República (PGR), incluindo o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, supostamente pressionado a aderir à trama golpista.
Serão ouvidas 82 testemunhas até 2 de junho, sendo que Bolsonaro indicou 15 pessoas, incluindo:
- Freire Gomes (Ex-comandante do Exército)
- Carlos Batista Junior (Ex-comandante da Aeronáutica)
- Tarcísio de Freitas (Governador de São Paulo)
- Giuseppe Janino (Ex-secretário do TSE)
- Ciro Nogueira (Senador)
- Rogério Marinho (Senador)
- Hamilton Mourão (Senador)
- Eduardo Pazuello (Deputado)
Esta é a segunda tentativa da defesa de Bolsonaro de adiar os depoimentos. Na última terça (13), argumentaram que o acesso ao material da investigação ainda não foi completo.