Alexandre de Moraes sai 'mais forte' da crise com os EUA, avalia brasilianista
Avaliação aponta que sanções dos EUA podem fortalecer a imagem de Moraes no exterior. Especialistas destacam que sua atuação em casos como a regulamentação de redes sociais tem gerado impressões positivas no cenário internacional.
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), se vê com sua imagem fortalecida internacionalmente após receber sanções dos Estados Unidos pela Lei Magnitsky.
Anthony Pereira, especialista em Brasil, afirma que isso é um dano colateral para Bolsonaro, ressaltando que Moraes agora parece sair mais forte dessa crise.
A punição dos EUA visa punir violadores de direitos humanos e corruptos, dificultando o acesso de Moraes a serviços financeiros e tecnológicos. O criador da Lei Magnitsky, William Browder, criticou a aplicação da lei neste caso, afirmando que Moraes não se encaixa nas categorias punidas.
Pereira também rememora a recente disputa de Moraes com a rede social X e seu dono, Elon Musk, que culminou na suspensão do serviço no Brasil, em que Moraes saiu vitorioso.
Sobre o impacto nas relações entre Brasil e EUA, Pereira destaca que 61% dos brasileiros não votariam em quem prometesse anistia a Bolsonaro, o que pode prejudicar o bolsonarismo.
A situação atual propicia um espaço para uma centro-direita mais clara, que pode se afastar tanto de Bolsonaro quanto de Lula.
Lula, por sua vez, tem sido cauteloso nas críticas aos EUA, salientando a importância do relacionamento econômico entre os países. Pereira nota que o presidente deve navegar entre defender a soberania nacional e evitar retaliações.
Trump, ao direcionar tarifas ao Brasil, pode estar projetando suas próprias frustrações em Bolsonaro, criando problemas para o próprio mercado americano. Pereira observa que Trump não parece entender o impacto das tarifas no consumidor dos EUA.
Finalmente, Pereira comenta que a figura de Moraes está se consolidando, com uma maior aceitação internacional de sua postura sobre a regulação das redes sociais, especialmente na União Europeia e até nos EUA, apesar das controvérsias.