Aliados de Bolsonaro no Congresso dizem que vão ocupar plenários em protesto
Parlamentares de oposição se mobilizam em protesto contra medidas do STF que restringem a liberdade de Jair Bolsonaro, prometendo obstruir os trabalhos do Congresso. Líderes afirmam que a anistia é essencial para a pacificação política e criticam a atuação do ministro Alexandre de Moraes.
Protestos no Congresso
Parlamentares de seis partidos (PP, PSD, PL, Novo, União, Republicanos) se reuniram em frente ao Congresso Nacional para protestar contra as medidas restritivas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, impostas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
Os parlamentares prometeram ocupar plenários da Câmara e do Senado para impedir a realização de sessões.
O primeiro vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), anunciou a intenção de colocar o projeto de anistia em votação se Hugo Motta (Republicanos-PB) se ausentar.
Segundo Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL, a oposição pretende impedir trabalhos do Congresso e está disposta a entrar em conflito com o governo.
O senador Flávio Bolsonaro acusou a extensão das sanções à sua família sem amparo legal e defendeu a comunicação entre pais e filhos. Ele anunciou que os advogados de Bolsonaro solicitarão acesso médico ao ex-presidente.
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), criticou a subserviência do Legislativo ao Judiciário e mencionou um projeto para acabar com o foro privilegiado dos parlamentares.
Marinho também reprovou as medidas de Moraes, chamando-as de perversas e denunciando falta de imparcialidade.
A deputada Caroline de Toni (PL-SC) defendeu a anistia ampla e irrestrita, a anulação das investigações e o impeachment de Alexandre de Moraes por abuso de autoridade.